Hoje está na moda usar a palavra “veneno”, isso atrai likes e visualizações. Além de outros diversos alimentos, óleos vegetais, principalmente Canola são associados como venenos na alimentação. Mas antes de condenar o uso de óleos vegetais, vamos tentar entender o contexto socio-cultural de determinada população? Entender sobre os processos industriais envolvidos, um pouco mais sobre química básica, bioquímica e ações enzimáticas, saber a composição e entender o impacto que cada ácido graxo presente nos óleos pode ter em nossa saúde.. Estão a fim de procurar entender tudo isso? Acredito que não, a maior parte da população literalmente tem muito mais a fazer do que estar por dentro de tais assuntos. Então é bem mais simples aparecer na mídia, usar termos técnicos para falar com pessoas leigas e de baixo poder econômico para se destacar como o “diferentão” e vender atendimento em dietas minimamente adesivas.
Não existem alimentos milagrosos ou vilões. O que existe é um contexto dietético, um planejamento alimentar para uma pessoa que possui suas individualidades biológicas e necessidades psicofisiológicas.
Deixando um pouco a estética de lado, um planejamento alimentar é composto por uma gama enorme de alimentos e possibilidades, você acha mesmo que um único alimento seria capaz de salvar ou prejudicar o restante da sua dieta? Vale a reflexão em tempos em que o radicalismo e o terror nutricional estão tão em alta.
Nunca acredite em algo que seja extremo.
De preferência não use óleos vegetais em excesso, de preferência para óleos extra virgens em pouca quantidade.